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7.8.11

Yes, we can!

 Havia falado há alguns posts o quanto estava sendo difícil para mim aceitar a idéia de que não poderia ter AQUELE casório dos sonhos.
 Bom, depois do baque do meu suposto 'sonho' aos frangalhos, parei pra pensar onde eu estava levando o meu tão antigo ideal de 'casamento perfeito'. Acabei seguindo, muito passivamente por sinal, um monte de coisa que tinha prometido pra mim mesma que não faria de jeito nenhum, passando a acreditar que meu Grande Dia só seria assim tão feliz se eu tivesse isso ou aquilo no meu casamento. Bom, não era eu a revolucionária pseudo-marxista? (é que sempre achei legaid as idéias do cara mas nunca dispensei uma boa comprinha)
  Mas como prometi para mim mesma, pé no chão! Por isso, também não vou dizer que se hoje eu ganhar uma bolada não pago um super casório. Minha felicidade vai assim ser porque acredito que o casamento foi feito para unir duas pessoas em uma só, com a companhia de Jesus. Maaas nem por isso vou casar com meu velho jeans e minha rasteirinha tilanguinha (um boa companheira, apelidada injustamente), né não?
  Continuando na saga por algo que me deixasse mais esperançosa e sem esse pensamentozinho malvado de que talvez eu não quisesse casar caso não tivesse tudo aquilo que o meu não dinheiro pudesse comprar, fui em um buffet indicado pela minha mãe. Minha mãe é muito amiga da dona, a Vilma, desde que a contratou para fazer o casamento da minha tia (quando a gente ainda podia, minha mãe deu uma festinha de casamento pra minha tia de presente, porque ela sabia que minha tia não poderia pagar - detalhe cômico: minha mãe ficou presa no banheiro do salão bem quando minha tia estava entrando na festa, assim não pode ver a reação dela). Aí, depois de muito marca-desmarca, já que a Vilma mora em Araguari, fui lá né... tô de férias e não perderia nada mesmo...
 Me lembrava vagamente da casa dela de quando minha mãe ia visitá-la, tanto para resolver os detalhes casamentíssios e até mesmo depois. Mas nossas mudanças de cidade fizeram com que elas perdessem um pouco o contato. Voltando para o que interessa, fomos lá na casa dela, que já era outra dauela época. Quando cheguei, fiquei super receosa já que a casa era mais simples do que a que eu me lembrava, e porque o ser-noiva já vai olhando até os detalhes da casa da pessoa pra ver se ela vai ter cacique pra aguentar todas as nossas exigências. Assumo: a gente tende a achar que certos fornecedores, se não pertencem a tal classe é porque não fazem as coisas direito. Bom, me estrepei um bocado e a medida que fui vendo os álbuns enquanto a Vilma atendia outra noiva, fiquei de cara no chão, e ainda tinha mais por vir. O seguinte: sou MUITO chata.exigente.ansiosa.péatrás, e pra eu gostar de alguma coisa, é porque ficou legal mesmo. Aí eu e minha mãe fomos pro escritório dela e eu, lógico, não falei nada da minha malvadinha primeira impressão. Mas conversa vai e vem e teve uma hora que, a gente falando de outros decoradores mais famosinhos da região, ela me falou que um deles falou "olha, sinceramente, eu não pego orçamento baixo nenhum, porque aí que ninguém valoriza o trabalho da gente mesmo". Sabe quanto você vê o céu abrir e descer uma luz gigantesca acompanhada de coro angelical, foi mais ou menos assim. Quase uma revelação. Entendi que aquelas decorações mais "pobrinhas" pode ser que não tenham a ver com a capacidade do profissional, ou seja, a gente fica apegado demais em quem cobra caro e esquece de ver se há aguem que pode fazer a mesma coisa, mas que não tem assim tanto nome (não estou dizendo falta de referência, mas sim de fama).
Explicando o porque de um arranjo maior mas com poucas flores (tinha mais folhagem) em uma foto lá, ela falou que a noiva chegou dizendo que ninguém entendia porque queria um camesamento bonito mas que ela não poderia pagar. Aí a dona Vilma me ganhou porque não é isso o que a grande maioria de nós blogueiras procura por aqui? Ela poderia, assim como os outros decoradores, negar o orçamento porque seu buffet não teria tanto destaque, mas fez o que podia e elaborou uma festa belíssima de acordo com que a noiva podia. cobrando um valor muito abaixo do que os "famosinhos" cobrariam pela mesma coisa. Sabe quando você vê paixão pelo que faz? Foi isso que eu presenciei.
 Ainda não havia acabado, mas veio o melhor, o preço! Meninas, sabe quando a coisa é providenciada por Deus? Saindo de lá relembrei do quanto eu havia me esquecido do papel principal de Deus em um casamento, e eu aqui dando murro em ponta de faca achando que ia conseguir sozinha.
  Nessa altura do campeonato, já não tenho mais dúvidas, é ela que vou contratar! Claro que saí de lá sem demostrar o quanto eu havia gostado, porque ainda não recebi o orçamento certinho e não estou nem perto de fechar contrato com ninguém. E também porque a gente tem que manter uma certa compostura, né? E o ego? hahaha
  Bom, como sempre, extrapolei no pot. Mas era muita coisa boa que tinha pra falar depois de tanto drama!
  Agora eu digo: casamento fabuloso? YES, WE CAN!

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