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21.7.11

OMG! QUANTO TEMPO!
  Me surpreendi ao ver quanto me esqueci desse cantinho terapêutico. Esse semestre foi uma correria só. Festa da sala em prol da formatura exigiu muitas horas de divulgação e esposição espetaculosa das nossas figuras (sente o nome: MeDevassa... hahaha - certas coisas a gente só faz uma vez na vida). Depois vieram as provas, que mereceu mairo atenção já que todo mundo estava precisando de pontos por termos faltado muitas aulas pela festa. Também houve um bloqueio mental - indecisão: como pagar, como conciliar casório com faculdade, problemas na family, etc, etc, etc..
  Mas entrei de férias e pensei em dar uma olhadinha para ver como tudo estava por aqui. Meninas, vocês são simplesmente FABULOSAS! Recebi muuuitas visitinhas mesmo sem nenhum post novo, depois de muito eu subestimar meu 'bloguinho'; alguns comentários e muuuitos emails de meninas perguntanto sobre isso ou aquilo e dizendo que o blog, mesmo peladinho como ainda está, é favorito ou que ajudou nisso ou naquilo. Mas uma vez, OBRIGADA.
 Bom, nesse tempo muitas companheiras de posts já até se casaram (vejam só, o último post foi em março). Também me surpreendi com muitas pessoas próximas quanto a posição que tomaram em relação aos seus casamentos (fala mais perdida e sem sentido de todas, conto em outros posts, quando estiver menos revoltada, cuidando para não criar problemasss).
  Mas o que de mais importante que me ocorreu nesse tempo (há exatamente uma semana) foi que saí da esfera virtual e fui no primeiro (e para mim único, se não fosse o preço) local/buffet/decoração/iluminação/etc (sim gente, lá tem tudo, é só chegar e casar). Assim, queria eu poder explicar o que esse local significa para mim. Desde antes de eu e meu namorido começarmos a falar em casório eu já o tinha como preferência absoluta, mandei váaaarios emails elogiando, procurei TUDO que tinha sobre ele na net, copiei tooodas as fotos pro meu pc, dentre outras coisas. Mas como tudo nessa vida não é perfeito, lá simplesmente não cabe no meu orçamento. Assim, até se eu tivess a grana, ou com muuuuuuito esforço conseguisse ajuntar para pagar, tipo, não fui criada deveras mimada para ser insensível e superficial o bastante para gastar assim sem mais nem menos numa única noite de ostentação e desrespeito à nossa realidade (vamos combinar, não é só na África que tem gente passando necessidade, é o catador de latinha, é a colega da faculdade que é excluída por não ter a roupa da moda, é a mãe com filho especial que tem que ralar para comprar o remédio.. e por aí vai...). Pra falar a verdade, o blog surgiu dessa minha contradição: sonhar de um jeito louco com um casório perfeitinho mas não poder pagar por ele, também porque aqui na minha cidade todos os locais são mais ou menos, o único classificado como, digamos, a altura do Big Day, é esse, mas eles, como bons captalitas (por isso não os julgo porque eles só estão fazendo o trabalho deles em uma esfera social que busca o lucro e que não vai mudar só porque eu me senti prejudicada - e não sou a primeira). Tipo, mesmo que se eu escolher um estilo mais simples, tipo os tão famosos vintage que utiliza menos flores, móveis velhos, coisas reformadas ou made yorself, ou também se eu quisesse fazer apenas um jantarzinho simples o pacote é o mesmo. Ai como isso me aflige!
  Como eu disse, eu não consigo explicar muito bem o que se passa nessa minha caxolinha, mesmo com tantas palavras soltas nesse discurso em sequência pisicológica (e pouco inteligível até para mim mesma). Hei de concordar com o namorido, sou muito complicadinha! hahaha
  Pois bem. Nesse tempo também ajuntamos uns trocados e compramos um boi pró-casório (ou garrote: eu aprendendo o palavreado da roça hahaha) que se Deus ajudar vai ficar obeso, já que esse dindin na poupança não renderia merrecas.
  Também fiquei apavorada com a possibilidade de não poder mais casar antes de terminar a facul. Não sei se já expliquei o porquê da pressa mas em agosto (sim, mês que vem) fazemos já cinco anos de namoro. Chegamos a um nível do nosso relacionamento que não faz mas sentido algum em ficarmos longe um do outro, e vocês não imaginam a dor que é quando chega de noite de um dia que passamos juntos e temos que nos despedir quando ele vem me deixar aqui em casa... Nossa criação foi bem careta, então ainda tenho que aguentar minha mãe sentada no sofá do lado fazendo uma cara de sono insuportável quando estamos assistindo um filme ou coisa assim (desculpa mams mas você sabe bem minha opinião). Pra melhorar, faço uma tal de medicina, sabe, que a gente tem que viver pra estudar e me mata de medo pensar que eu possa sofrer exclusão social por gente que vá achar que eu me tornarei em alguém que só fale de pano de prato. Além do mais, depois do 6º período não tem férias (imagina eu casando num dia e de manhã eu tendo que levantar cedo pra ir pro estágio?), ou seja, se passar de 2013 (quando estarei nessa fase) vou ter que esperar até o fianal, sabe-se lá, da residência... Além do mais, meu irmão casa ano que vem e meus pais praticamente moram no sítio que por uma série de fatores que não dão pra serem explicados aqui, então terei de morar sozinha...
   Assim, prefiro pensar que, casando, vou passar a 'morar com meu namorado' sem que ninguém me julgue vulgar ou safadinha. Não é porque me casarei que vou perder o bom humor ou o contato com os amigos, uma vez que todo mundo nos admira pela confiança que temos um pelo outro e REALMENTE não ligamos se um quer sair só com amigos...
  Bom flores, falei - falei - falei em um melodrama barato, mas foi só um simples desabafo de parte de tanta coisa dessa confusão que me frusta e está apertando meu pobre coraçãozinho (hahaha).
  Mas continuo firme, e, blogando por aí, fui iluminada por uma frase que pode ilustrar poeticamente todo esse alvoroço emocional (me permiti copiar do belíssimo blog da Emanuelle)

"A beleza de um único momento eterno vale a pena todos os sofrimentos"

Queridas, me consolem, me critiquem, opinem, riam... Tô certa?

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